terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Love do.

Ontem, ou já era hoje? Tinha lido tão agressivamente aquelas doces palavras que perdeu o horário. Cada pequena palavra lhe lembrava um acontecimento, uma sonoridade, um riso e as criticas, nenhuma construtiva ao teu favor. Mas bem eram lembranças, nada de velharias.
Uma madrugada inteira remoendo em sí e re-lendo a ti. Era frágil no seu canto frio. Mas não podia ser outra coisa. Parece que tudo resolveu acontecer naquele passagem de dias. Sofria, e muito. Como se o peito espremesse e faltava-lhe ar.
'Quietou-se' e dormiu.
Já era pela manhãe pouco lembrava, mas vem a tona explicações de vários dias.Não sofre. A luz do Sol acolhe-a para um novo dia. Não tão distante de todas aquelas velharias, pois agora são.
Nem era tão tarde assim, e precisou cair em sí, para não deitar-e em ilusões. Deveria passar essas benditas horas. Um pôr do Sol...tão bem vindo. Não vem. É uma nova história. Não pode se apoderar. Deixa-a então, vazante.

"que mesmo confuso, perdido esperas por mim"

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

tempo- LAR.

Se chovesse novamente...O céu poderia clarear, o chão limpar e unir os cacos desse meu eu.Formando algo diferente novo, mas eu.Mas não chove. O sol brilha sem se cansar. Afastando de mim, outra vez mais a imensidão da noite fria. Fico inqueita, entre cantos e centros d'uma sala mal dividida. Meu pequeno quebra-cabeça vai perdendo as suas pontas. Em alguns instantes não se encaixarão. E esse vento que faz, o desmonta mais e mais. Embaralham-se as peças. Tento recompo-las. Já não consigo.O vento que não me leva inteira, vai abandonando-me aos poucos. Restos meus pelos caminhos que jamais deixei de trafegar....Mas não chove.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Erámos grandes.

Existe o momento que tudo de acaba? Parce que sim. Acredito em dependências. Possa ser que um determinado momento acabe ali, ou reine na memória por tempos. Tem épocas que ficam e ficam por tempos. E aquelas que nunca abandonamos, mas elas nos abandonam - até certo momento, é certo- e voltam ferozes em nós. Deve ser uma sequência da vida. Uma vez, conversando com um cidadão pertuntei o que era a vida pra ele, simplesmente respondeu-me:
"A vida é o nosso trabalho de condicionamento e salvação,
é através desse poder que ganhamos de presente sabe-se lá
de quem, que temos a oportunidade de nos redimir das coisas que
fazemos, sentindo na epiderme a dor do fracasso, da insegurança,
da maldade, do ódio, da ganância, do medo, da derrota, da perda,
mas a perda de que já que não possuímos nada??"
Diante a uma, duas, 96 horas aproximadamente, pensei mais, tanto mais que enlouqueci aos poucos. Essa coisa complicado de tempo. Como passado, presente e futuro conjugados no português. Amei. Amo? Amarei! Sem precisar de perfeição, quanto mais mais que perfeito. Rir aos delirios de cada virgula posta fora do lugar. Era energizante, fazia-me enorme. Mas bem, veja eu, meio as locubrações dos momentos fragilizava-me, remoia aos poucos de mim mesma, era a mistura das conjugações mal conjugdas. Pra num instante lembrar daquelas velhas palavras e só saber dizer, agora somos grandes.



segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

odd

Era dia.
Foleões cantarolavam a mistura.
Era noite.
Despiam-se numa tortura.

domingo, 18 de janeiro de 2009

'Pára-quedas do coração'

Não é tarde Marina,
Mas não é cedo também.
Agora é a hora
E ainda não são nove horas.
Mas de que importa Marina?
É melhor assim sem prever.
Bem, talvez só dará certo assim.
Então Marina, venha ser minha menina!
...
Um minuto só. Alguma coisa te desperta?
Não, precisei acreditar na hora.
Venha Marina, deixe-me aos poucos.
Respiro eu o que desejava.
E não devias?
Sussurei e esperei por uma hora.
Outr'hora ainda insistes?
Deveria ser como anciei.
E não será?
Continuo num outro tempo, feliz.
Tu me fazes feliz, agora e outra.
Vens Marina? Sacrifica-te no agora.
...?
Diga a mim ao menos uma palavra.
Sim,
Então venhas...
Não, em meios não sacrifico-me.
Odiarei-te Marina amanhã, mas vá.
Partirei em outr'hora antes que te perca.
Perderá a mim jamais, mas vá.
Pois irei, sem adeus.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Des-rotineiras.

Esse tal verão que parece um velho outono, aquele tão passado, das folhas caindo secas e sem cor.
Transformam a cidade inteira num amontoado de lixos.
Os mesmo que fazem o nosso caminho, por esse tempo. Quanto tempo? Até o outono virá verão.
E já não é verão? Não aqui no meu peito.
Bate tão descompassado. E os passos que se vão, vão sozinhos, e querem voltar...voltam sós.
Quão insuportável é o cheiro dessas avenidas. Essa 'secaria' que me deixa sem protéinas, consome-me por inteira. Mas não me domina. Insisto em ser. Em partes sou a pétala da orquidea, outr'hora esvazio-me em espinhos.
Mas se esse meu outono, tão meu, demorar a passar o verão tornará inverno sem perceber.
Que tanto gosto do sol, fico sem clima pra sentimento algum.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

junç-ões

Vendo e revendo as velhas palavras, pensei.
Por que não pensar, quando se deveria não pensar. Penso!
E sentir devia também. Mas não, pensava.
Coração parecia murchar. Na virada de alguma esquina voltava-lhe o ar.
Era tão de plástico, que não sentia nada. Mas a mente sentia. Tanto que mentia.
Mentia não sentir, o que preferia exaurir. Esqueceu-se. Mais uma esquina e novamente outra mente.
Ia-se assim, recompondo e perdendo-se em cada virada de esquina.
Já não era mesmo, era pobre, outr'horas mesquinho.
Recuperando-se de um pequeno furo. Uma exalação.
Esvasiava-se e enchia. Envia e esvasiava-se.
O passado que lutava contra o fu-TU-ro presente.