domingo, 23 de maio de 2010

Desprendendo-se do passado.

Será que cada neurônio identifica um momento, um ser, um local?
Algum dia, terá talvez uma resposta.
Agora, acho que dentre aqueles todos que foram se degenerando ao decorrer dos anos, este ficou e pelo que vejo ficará por muito tempo. Assim, como um belo companheiro que avisa que mesmo que mude a quimica, será ele menos intenso, mas ele.
Com quanto, chego a ver que não são essas células que informam o retorno do velho passado. E sim, o involuntário órgão tão turista. Na sua complacência diária, nos traz a tona o ontem. E machuca, não pela sístole, mas pela não passagem da bendita hemácia muito esperada. E sendo hoje, sofre diástole. Continuará assim, um ciclo? Amanhã não.

sábado, 15 de maio de 2010

Pequeno póquer.

Já era o momento final, a dita última cartada. Os jogadores se olhavam indiretamente e pensavam qual tinha a maior carta. Restava apenas uma, e dezenas de placas amontoadas no tabuleiro.
O cara da esquerda estudava as possibilidades da vitória. E todas aqueles dezenas poderiam ser a saída das dificuldades terriveis que o perseguia. O outro, analisava cada olhar e movimento da face do inimigo tentando descobrir por onde apostar. Alguns olhares constantes e ameçadores, até que o banqueiro diz... É a sua vez.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

terça-feira, 11 de maio de 2010

Um ciclo renovavél

O homem ao decorrer de sua vida caminha por encruzilhadas e retas tão distintas, alguns circulos são formados outros desfeitos e outros somente retas sem um ponto final.
Torna-se bicho, canibal da própria espécie. E em si, o grande por fazer uma nova descoberta, mas qual? A de que novas particulas podem modificar reduzir as horas tarefais do corrido planeta terra? Ou que a sua tão sagaz inteligência ajudará a reduzir o seu tempo no planeta terra. É incrivel a ambiguidade dos pensamentos, tanto aço, metal e pequenas peças, cada vez menos células, menos particulas vitais, menos vida.
A matéria inanimada proliferasse destruindo o dito, pulmão do mundo, enquanto o ser racional envelhece no espaço anatômico morto. Mas eis que chega o fluxo da vida e leva sua porcentagem pra lá, numa simples questão de analisar, roubar, matar exterminar o que não está fazendo bem...mal a sua raça quase extinta no pequeno espaço anelar. E de volta, as noticias se expandem, há vida no espaço vivo. Parece irônico, no entanto faz algum sentido, para aqueles amantes das significancias. Em algum espaço, de qualquer matéria vital, alguma parte sempre vive e outra sempre está em extinção.Um ciclo infindo, porém reciclavel.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

...sem sombra de morte.

Um dia seco, meio a uma miragem na caatinga, aquela água limpida mas com o gosto salgado dos restos do gado desnutrido. Não que os olhos brilhem quando pensa enxergar tão coisa, mas eles iluminam um caminho escuro. O tal burraco da constelação. E Piscam-se os olhos, perde-se as miragens, criam-se imagens. Um belo céu, num dia de sol e água doce brotando das pedras e a natureza quão bela ao seu redor. Seres humanos de mãos dadas, andando sem disparada por entre as avenidas de um lugar qualquer. É quando a vida não é, de certo, vivida. Abre-se os olhos, faz frio, o ar não é úmido e o vento não te abraça, apenas te empurra pra algum outro cosmo.