quinta-feira, 26 de junho de 2008

re-feito.

'Que me invades a paz pouca.
À qual já não consigo ansiar
Fazes este leito terno impregnar
Minha mente louca
Aqui te ancoras; minh’alma sugada
De enlevos escuros – imprecisos
Desenha em mim teus sorrisos
Com doce ardor, tuas marcas
Cruas palavras que se escapam
Palavras secas... quem as poderá calar
Em língua dos imortais?
Inefáveis, verso algum há de se formar
Tapam-se os olhos... – ainda ecoam.
Remelexo dos deuses – tão desumana
Guiada és por amores
Teu descompasso, venais tambores
Do uníssono de nossos leitos, em fúria insana
Que em parte alguma se explica
E na qual vãs medidas não se dão.
Sobrevivem as mudas palavras, pagãs
Palavras - agora - úmidas.
Tão distante da razão!
Quem lhe há de resistir, vil ferida?
Diz-se amor?
Chamo-lhe loucura do desejo.
Escorrem-me a prudência, sobram sonho e ternura.
Dádiva de seres – que tu plantaste, e meu peito afaga.

Sagatiba.

Não posso afirmar os cinco sentidos, talvez tenha sido um sexto.
Mas como pode? Já nem sei mais.
Foi inexoravelmente fantástico. Era pra ser então.
Não tinha o olhar, não tinha o toque, nem o som, cheiro faltou, e paladar falseou.
Era estranho, mas era explendido.
Não sentir nada, e saber que estava bem ali.
Numa dimensão tão próxima...
Aconteceu.
Desceu assim... inexplicavelmente.
Saciou, foi perfeito.
Foi feito.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Culpados abram a boca agora...
Todos se calaram.
Calem todos os culpados.
Todos continuaram.

...Meus neurônios me obedecem.
O culpado, pará por aqui.

die.

tris.

São imutáveis quando vejo que já não há razão pra está assim... ainda estou.
As nossas consequências das migalhas discretas no pé da parede.
Sobre tudo e sob nada. O meu mundo desabou.
Desta vez não há voz que o sustente.
Era tudo velharia. Ainda é.
Estão pelo chão... poeira.
Sobra-me versos vazios da tua sujeira.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

13. Sexta.

Nada estranha, apesar de ontem a noite observar um gato preto no relento.
O céu estava azul. A noite mais escuro. Bem mais. Poucas estrelas. Chuva. Frio, não houve tanta neblina quanto ontem.
Estado irritado. Cansado. Cheio das convicções do outro dia. Blábláblás...
Quem sabe foi isso? O marasmo, e a mesmice. Vai saber.

P.s: Eu te odiei.
Complemento-me.
Quando o instante já é disperso, esqueço dos detalhes.
Julgo a dizer que o que és meu ainda é. Fico gratificada por isso. Pensar que tudo poderia mudar, e em instante de segundo passado não mais ter o pêlo do gato na minha blusa. Ainda está ali. Será que foi porque não lavou a blusa? Ou quem sabe... Não, prefiro acreditar que ele ainda quis esta comigo, mesmo suportando a brutalidade do vento.
Outras coisas ficarão presa no momento até que eu as descubra novamente. Um dia irá passar.
Daqui a pouco é amanhã. E amanhã é sábado. Já é tão tarde. Logo após será cedo. Bem cedo. Tenho estórias escondidas na minha 'caixola'. Nada é o que se possa transamiti. Posso apenas te dizer que as coisas estão mudando por aqui. Um rumo diferente. Seja isso talvez. Ou não. Somente a minha fiel inspiração. Acabou. É, é isso. Nada a mais. A estrela de mais cedo, mudou de direção tão rápido. E não caiu como um cometa. Fico olhando, apenas.


...Esperando talvez.