domingo, 14 de outubro de 2012

Que homem é esse?

A excitação nem era máxima, mas os corpos roçavam. Eles se sentiam. Ela sentia o eu dele crescer aos poucos. E aquilo aumentava sua excitação. Entre beijos e pegadas,  crescia seu eu.
Já alcançava um 2/4 do ponto ótimo de excitação. Era o tamanho do eu dele que fazia aquilo tudo aumentar.. o calor, a vontade, os batimentos cardíacos, a dilatação da pupila, e os corpos suando. É verdade que meio a tudo isso, as mentes pensavam na conquista do ponto máximo, ali os hormônios alcançam sua liberação por glândulas e os órgãos deixam o coração bombardear o corpo.
Mas é que havia um tempo, e as coisas não deviam ser apressadas, e os risos riam de malicia e falsas, melhor, um treino, algo cenográfico.. e nada mais de excitação poderia ser expelido.
O eu dele, corre para as quatro paredes, e a mente de cá deitada, fica a pensar... O que será?
Ele volta pede-a um masso, e sai, nada displicente...amados.
Ainda vagando naquela adrenalina que cai, ela pensa bem inusitado, talvez, ele tivesse uma genética de cachorros, aqueles que por si só se dão prazer. É loucura, ela pensava. E aquilo até a excitava. É que ela gosta das coisas inusitadas. E ficava a saber, será? E nada. Talvez, fosse apenas um homem normal de mãos entreabertas  em movimentos contínuos. Ou algo de água fria. Fria como o corpo dela ao equilibrar sua noradrenalina. Mas ainda assim, a pensar...Será?

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Não acredite.
Não é bem assim fácil.


O amor que é dito no inicio, não é o mesmo de meses depois. Aumenta, mas aumenta também a realidaade. A pessoa já não é aceita como seus defeitos - ainda assim ficam. O encanto vai se perdendo, melhor, vai se transformando em algo critico, irreconhecido e sempre ouve se: não era assim. Falta alguma coisa. Alguém sempre esta errado e os dois sempre querem estar certo.

O amor vem, e eles não querem que vá. Ai briga, machuca, se irrita, engole. O amor ali quer ir. Eles choram, se desculpam... o amor permanece. E outra vez, outra briga, outro olhar. E o amor parece balançar, como um balanço vai e volta, como uma gangorra, desce e sobe... o amar vai sendo sentido, ressentido, amado.



terça-feira, 10 de julho de 2012

"Já foram 15 vezes."

Não há saudade.
Há coisas do hoje... do se consome do se faz, do que se paga pelo que se faz. E quem se importa? Não há nada demais. São só fatos e não detalhes, não importam. É o que você constroi durante a vida. São laços, familias! Aquilo que te mantém seguro por onde for, ou te faz tropeçar em alguns momentos... e outros voltam. E voltam a tona, como se nunca tivessem ido.
Insisto, não há saudade. Há verdade do que é e do que sempre será. Eles, amigos.
O mal dito e o redito, de outras muitas vezes, publicadas, fofocadas, re-escritas. São coisas que todos dizem "é assim" e nada muda. Vão falar, criticar, não se olhar. Se afastar, de um lado rir, do outro também e cheios de motivos. Uns mais que outros e na mesma proporção. Não há hipóteses, há contrafatos, e sobre eles, outros tantos argumentos.
Sempre falarão.
Existirá sempre a volta, o retorno e a palavra numa frase que se perdirá com um tempo.
...há risos sobre a saudade, há laços, há abraços.
Mas, não há saudade.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Quando o amor vem....(I)

Abriu os olhos, era um dia qualquer de uma estação que não sabia. Lá fora, o tempo ameno te dava preguiça, era tantos afazeres e a vida que amanhecida lá pelas 5:30 da manhã. O sol timido, tentava abraçá-la e o vento ousado levava todo seu perfume. A vida passava ritmada, com horários, pessoas e um sobreviver.
A noite caia, o chão coberto de folhas e as pessoas iam ao encontro de abrigo. Era a sina, o cotidiano da menina.
As folhas caiam, o dia ia, e o olhar era perdido... Mas o vento levou o perfume dela por entre as matas e cidades. Ele o sentiu. Seu olfato aguçou, seu paladar salivou, o corpo pediu aquele cheiro. Ele a buscou. Se encontraram então, numa ladeira, embaixo de uma árvore, num dia qualquer.
O cheiro era o mesmo, e a vontade aumentava. Ela ao ver, já pensava "tem algo em diferente em você." E os olhos brilharam, as mãos se tocaram... e ouve tanta e tanta conversa que já pareciam ter vindo de outro cosmo. Havia um ventinho frio, e as folhas caiam. Eles se aproximaram, os corpos mais pertos, os olhos timidos e famintos. Uma fala, um pedido e as bocas se tocaram, foi lento, foi breve, foi intenso. Bastou um beijo, para que ali fosse o melhor lugar para se estar... naõ importava as horas, o local era aquele, a pessoa era aquela. Nada mais precisava mudar. Tudo que falta estava ali, na sua frente, cara a cara. e assim, foi sendo... meio ao frio e as folhas que caiam...
Já era outono, e nenhuma folha tinha caido sobre sua cabeça, o amor que tinha invadido seu coração.

Do que começa.




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Não há por que explicar o que a vida te propõe. Os cientistas e psicólogos um dia, talvez se ouvirem falar dessa historia, dirá, que é questão genética. Outros, tantos falarão de destino ou coisa substrata qualquer. A vida te apresenta e deixa você aproveitar, é isso. Não, é muito mais que isso.

É o suscitar da alma! A esperança que volta a acelerar teu ritmo cardíaco e faz teus olhos brilharem.

Esse abstrato de sentimento que meio a dúvida te deixa com os pelos de pé de tanta vontade.

Talvez partículas cósmicas estejam soltas pelos ares do mundo e tenha aproximado os corações. Ou, aconteceu.

E sim, aconteceu, o amor veio à tona e trouxe uma aquarela para que as vidas cruzadas sejam pintadas a cada encontro.


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Das noites com Tiê

"Well stranger,
I know nothing.
I better take a time at this time.
Je sais que tu viens
Que tu viens pour dire
Malgré ton désir
Você me chegou de mansinho
Rosa sem espinho, paz de beija-flor
Você me deixou sem saída
Fez da minha vida
A catedral do amor
Você me enlaçou docemente
Feito uma serpente, me envenenou
Eu não me importo, eu me entrego
Eu me entrego apenas quando souber
Que o que iremos passar vai ter valido uma canção
Meia hora a mais na cama na segunda-feira
Um dia chuvoso bem embaixo do edredom
Ao colo de quem me aceita assim
A tudo que puder antes que a cortina feche
Até de malas prontas, me arrisco a compor
De um jeito que ninguém sabe
Tes mots secrets
Tes mots d'amour
Sous l'oreiller
Me ver
Me achar
No seu olhar
Pra entender o que é o gostar.
E sente que o amor
Chegou na hora
E agora gosto muito de você..."

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Das noites com Tiê... Uma mistura de tudo que se ouve pra acalmar os prantos de pratos remoidos de uns verões bem passados. Deveria ser um rock in roll pra aliviar, mas o som da voz de Tiê mostra o que ainda se sente e tenta remoê-los. Faz aquilo ser real e natural. Pra se viver mais.