quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ex-vai.

Pra onde vai o amor que se acaba nos corações dos ex-amantes? 
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Era uma vez...Não, isso é para estórias e não histórias. E sim, existe um lugar. Talvez não muito visitado, por ele ser tão reservado. Um lugar cheio de árvores, e uma especialmente cultivável, na qual sua copa faz uma sobra bela nos dias de sol, abaixo um gramado como tapete, e rosa, flores bem-me-queres. De um lado, uma cachoeira desaguando num rio claro; do outro, assim distante, um mar com horizonte azul turquesa. No tronco grosso de uma outra árvore tem um balanço, desses para enamorados. O vento sopra sinfonicamente, o mar tem lá seus sons. Os merecedores que por lá passeiam vislumbram, o nascer incrível, o por do sol enamorado e o brilho da noite apaixonante. Permeia-se  as virtudes, passeiam as gentilezas e florescem os prazeres.
Lá é como por aqui, com dias e noites. Conquanto, tão diferente lá se aventura e vive o Amor. O Amor sem sobre-nomes, aquele que foge daqui por uma discussão boba, aquele que cansa no passar dos dias briguentos, aquele que não é visto pelo outro, aquele busca o lugar ao sol.
Década passada, ano passado...Sim, isso é pra o lado de cá do planeta, onde o amor pede dias para tirar férias. Onde uma olhada pro lado é motivo pro amor pedir licença, onde o não reconhecer é vê-lo esvair. Mas lá não. Lá é belo, e aquele pequeno amor que vai se cansando com o tempo, perambula por lá, sempre num canto marcado para se encontrarem, quando por inteiro ele se for. Ah! Quão belo tal lugar, quem sabe um paraíso ou mais. Lá onde sonhos, de uma boa noite, acontecem na manhã seguinte. E o mais importante, o tempo, o tão impiedoso tempo, lá só ocorre quando o pedaço de amor está de fato para chegar. É tempo de saudade gostosa, ansiedade prazerosa e segundos findados. Ah! a morada do amor, mais que paraíso.
Deve ser assim por lá, o amor meu que se foi, esqueceu de voltar pra me avisar.