quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

?[.]

"Eu!
Não vim aqui
Prá entender ou explicar
Nem pedir nada prá mim
Não quero nada prá mim...

...Tudo mais que eu tenho
Tenho tempo de sobra
Tive você na mão
E agora
Tenho só essa canção..."



[por que não dizê-lo?]

sábado, 20 de dezembro de 2008

In'segurança

"Ai vindes outra vez inquietas sombras"

Falta-me ar. Tento insipirar com cautela já não posso. Se libertar todo esse ar que em mim há, morrerei de solidão. Eu por mim, nessa impaciência e inquietude partiria agora mesmo. Não posso. Resta ainda dias para a paz de espirito retornar a mim. E se ela me abandonar? Assim como Iracema pensa em abandonar seu esposo. Ela não o fará. Minhas poucas memórias traduzem o que jamais queria 're-sentir'. Não posso tê-las.Não deveria. Ainda assim insisto, resisto...anceio pelo meu ar.

"Talvez corre o prazer nas fibras d'alma:

E eu ouso ainda murmurar teu nome!"

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

cala'da noite

Agora na outra rua já era Carolina.
Fechava a janela tão cálida, transparecendo não querer abandonar o espetáculo da noite.
Lentamente encostava a janela. Seus olhos brilhvam de alegria mas refletiam uma dor enorme, não queria perder o brilho da madrugada.
A natureza vivenciava aquela noite, tão claro o céu que não parecia ser tão tarde...
(Carolina chegou a pesar que o universo teria um outro relógio, outro tempo... um segundo mais rápido, ou atrasado,não se pode dizer.) Ainda assim a natureza sentia-se no seu palco, na cala'da noite tão calada. Numa pequena planta uma aranha trança a sua teia, parecia sozinha, mas se via n'outra ponta uma outra. Há! - sua volta algun mosquitos, pernilongos e moscas talvez ( Pensou novamente Carolina, não devem ser moscas, elas aparecem pela manhã, ou no local que há odor... E o que sinto é tão natural, divino...sereno.)
[tenho que dizer leitor inquieto, se ainda não percebestes a rua era uma rua de alguns metros quadrado, nunca parei pra contar, de umas 30 casas ou menos, não lembro. Não havia tanta natureza, mas o pouco que havia era belo!]
Carolina ficava ali debruçada na cama a olhar aquele espetáculo inédito. Quase não respirava, tinha receio dos insetos se esconderem como fazem na véspera do nascer do sol. Observava então. Sentia sono, os olhos fechavame ela tentava os abri-los. E o céu, ah! o céu. Estava tão lindo e era preenchido por uma estrela, bela estrela da noite...brilhava. Aqui em baixo o vento balançava e fazia a sonoridade da noite. A sonoridade quieta. Mas harmônica.
Carolina não aguentou e dormiu.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Saudosa Camila

Camila sentou na pedra à beira do rio e pensou. Já não posso disfarçar essa saudade tão óbvia. Parece que todos lêem na minha face aquilo que a muito tempo eu tentei esconder. De repente desceu da pedra e dirigiu-se a beira para os pés lavar. Foi tão delicada enquanto buscava as respostas para suas ânsias interiores. Ela calada. Não chorava, pois seu choro poderia atrapalhar o canto dos pássaros e o passar das águas passageiros do rio. Os pés pareciam não bastar, logo resolveu molhar-se por inteiro. Posicionou para pular. Ouviu o cair de uma fruta. Parou imediatamente, resolveu voltar pra pedra e apenas observar. Observava...
O tempo vinha como o vento que acariciava seu corpo e tão delicado arrepiava-lhe os pêlos. Camila já tinha em si, as saudosas histórias que tinha vivido. Sentia frio, e todo frio era saudade. Não chorou, apenas silenciou o seu pensar para um novo amanhã re-lembrar
...ficou ali até o sol começar a se pôr. As águas do rio, se iam e não voltavam mais.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

re-digo

.ex-istência.
"entre atras de mim"


terça-feira, 9 de dezembro de 2008

delatando...

Aos meu leitores amigos, vos digo
lembrai vos sempre nas taras obscuras e claras também
de proteger um alguém.



-> Use camisinha<-
Os pais descontentes agradecem.

Fragmentos do diário..

"Terça-feira:
Evitar mentiras meigas
Enfrentar taras obscuras
Amar de pau duro"
.Cazu.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Fragmentos do diário.

"Segunda-feira:
Criar a partir do feio
Enfeitar o feio
Até o feio seduzir o belo"
. Cazu.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Fragmentos do diário.

"Domingo:
Não pisar em falso
Nem nos formigueiros de domingo
Amar ensina a não ser só
Só fogos de São João no céu sem lua
Mas reparar e não pisar em falso
Nem nas moitas dos metrôs nos muros
E esquinas sacanas comendo a rua
Porque amar ensina a ser só
Lamente longe, por favor
Chore sem fazer barulho"


.Cazu.

sábado, 6 de dezembro de 2008

,,,par

"Ele sabe ler e escrever muito. E, mesmo assim, acontece essas coisas. É o tracadilo que fez isso com as pessoas. O homem não pode ser incivilizado. Todos os homens têm de ser iguais. Tem que ser comunistas. Comunismo. Comunismo é igualdade.
Não é obrigado todos trabalhar num serviço só. Num é obrigado todos comer uma coisa só. Mas a igualidade é ordenança que deu quem revelou o homem o único condicional. E o homem é o único condicional seja que cor for. Eu sou Estamira, eu não importa eu podia ser da cor que fosse. Eu formato homem par mas eu sou Estamira, mas eu não admito, eu não gosto que ninguém ofende cores, e nem formossura. O que importa, bonito é o que fez e o que faz. Feio é o que fez e o que faz. isso é que é feio. A incivilização que é feio. Consumismo superior. O único comunismo"
> ESTAMIRA<

Há de descobrir a beleza das letras a brincar formando palavras entre loucos a delirar.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

das sehnen

Hoje senti o seu sorriso tocar levemente o meu rosto
O vento frio arrepiou a minha pele insana
Visualizei seu cheiro, mas não consegui agarrar
Não foi vago, foi raro, nada de alucinações... sim o oposto
A concreta forma de te amar me enlouquece a mente
Seu jeito não esquecido, o que eu sinto poucos entendem.
Venha, encoste, deixe-me sentir seu calor novamente
Sua falta é delirante, já te sinto sem te ver...
Arrepia meu corpo novamente encoste em mim
Revele-me o seu mundo, deixe-me saber sua história
Preciso te ouvir falar as tuas besteiras tão entusiasmadas
Me chame pela janela, me faça sair correndo
Dizem que esta frio aqui fora, mas nem sinto... estas por perto?