domingo, 27 de setembro de 2009

foi ai.

...foi seguindo deliberadamente
escondendo-se em cada esquina.
Um novo poste, uma velha arvore
nem era tão desconhecida a rua.
Mas ele partia trébado tropeçando
em si.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

gotas d'água

Falta o cheiro da terra molhado quado a chuva cai.
Fica as poças alagadas a espera do sol, que custa em brilhar.
Aglomeram-se os grãos de areia na pista de pedestre quando o vento sopra.
Aliás não sopra, ele enfurrece e desmancha toda aquela beleza natural.
Ao piscar os olhos, uma nova ntureza.
Mas não tem cheiro de terra molhada, apenas uma poeira que asfixia os pulmões.
Por algum momento, fico sem ar, sem circulação, gélida.
Pensamentos e pensamentos.
Torno a não ter cheiro da terra molhada, mas purifico-me com as gotas d'água.
Volto a mim, volto a ti.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Entre linhas

Me diz tanta coisa esse espaços calados de uma frase a outra. Aquela força tão constante da menina alegre e espontanea. Sei que toda palavra dita terá sempre a sua essência, assim como a sua morfofisiologia distante me dá tanta segurança meio a esta falta. E de todos os dez-afetos dos segundos interligadas, fazia-me a pequena querendo ser mais. Os inteiros minutos quão eternos ao teu re-encontro. Via-te frágil entre os dois lados imortais, porém forte em si, ao dizer-me e aqui estou e irei continuar sem perecer.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Por causa daqui

Quatro paredes de um quarto verde. Estou a sós. Lá fora muita gente, delas nada me importa.
Fico com pensamentos inquietantes e uma canção. "Quem sabe um dia a gente vai se encontrar" Outra hora é um silêncio terrivel e as lágrimas caem. Minha mente não cansa de pensar em todos os momentos que estivemos juntos. E agora sinto tanto. Me sinto só. Fico com as gotas d'água salgada pelo rosto. E com as lembranças dos veraneios.
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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

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Dois anos.
A criança engatinha, e outras vezes já anda.
Por vezes algumas esquecem, por outras sempre lembrar de comemorar.
Mas antes que acabe o dia, lembra-se.
É hoje!
O grande dia, mais um ano de vidas unidas.
Um milagre.
E logo hoje, essa saudade que me deixa sem paciência para conversas banais dos "r" e "s".
Quero festejar. Quero falar idioticesses e rir das tamanhas criticas construtivas.
Quero tê-los por perto, pois sei bem mais agora, tudo com vocês dá certo.

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Misturado
amo-vos imensamente.





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É vatapá, é caruru Oh MISTUREBA quero comer seu bolo.
A chuva cai, a rua inunda Oh MISTUREBA quero comer seu bolo!!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

alguns milimetros.

Olhei pela janela do ônibus, hoje ela estava lá. Tão linda que me levava a delirar. Fazia um pequeno movimento e brilhava sem parar. Ao seu redor todas as nuvens se afastavam, mas bem queriam aproximar-se. Talvez por ser 'a' nuvem prefiria não aproximar-se tanto, com medo de se apaixonar. Vai que lá no alto alguém não goste desse entrozamento de nuvem com a lua. Pois bem, ela linda, linda e linda...perdi-me nas eloquências do incerto. Fitei-me na janela, um vento brando e uma maresia salgada se misturavam, foi quando algo trouxe-me aquela barulheira da realidade, um certo alguém, não sei quem, agarrava-se com uma certa alguém,também não sei quem, lembrei-me de ti. Da falta que faz as noites sem os centimetros teu.