terça-feira, 16 de dezembro de 2008

cala'da noite

Agora na outra rua já era Carolina.
Fechava a janela tão cálida, transparecendo não querer abandonar o espetáculo da noite.
Lentamente encostava a janela. Seus olhos brilhvam de alegria mas refletiam uma dor enorme, não queria perder o brilho da madrugada.
A natureza vivenciava aquela noite, tão claro o céu que não parecia ser tão tarde...
(Carolina chegou a pesar que o universo teria um outro relógio, outro tempo... um segundo mais rápido, ou atrasado,não se pode dizer.) Ainda assim a natureza sentia-se no seu palco, na cala'da noite tão calada. Numa pequena planta uma aranha trança a sua teia, parecia sozinha, mas se via n'outra ponta uma outra. Há! - sua volta algun mosquitos, pernilongos e moscas talvez ( Pensou novamente Carolina, não devem ser moscas, elas aparecem pela manhã, ou no local que há odor... E o que sinto é tão natural, divino...sereno.)
[tenho que dizer leitor inquieto, se ainda não percebestes a rua era uma rua de alguns metros quadrado, nunca parei pra contar, de umas 30 casas ou menos, não lembro. Não havia tanta natureza, mas o pouco que havia era belo!]
Carolina ficava ali debruçada na cama a olhar aquele espetáculo inédito. Quase não respirava, tinha receio dos insetos se esconderem como fazem na véspera do nascer do sol. Observava então. Sentia sono, os olhos fechavame ela tentava os abri-los. E o céu, ah! o céu. Estava tão lindo e era preenchido por uma estrela, bela estrela da noite...brilhava. Aqui em baixo o vento balançava e fazia a sonoridade da noite. A sonoridade quieta. Mas harmônica.
Carolina não aguentou e dormiu.

Um comentário:

  1. As oficinas Machadianas fizeram-te bem!
    Camila, Carolina.. Qual será a próxima mulher??


    Bjoo.

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