domingo, 23 de maio de 2010

Desprendendo-se do passado.

Será que cada neurônio identifica um momento, um ser, um local?
Algum dia, terá talvez uma resposta.
Agora, acho que dentre aqueles todos que foram se degenerando ao decorrer dos anos, este ficou e pelo que vejo ficará por muito tempo. Assim, como um belo companheiro que avisa que mesmo que mude a quimica, será ele menos intenso, mas ele.
Com quanto, chego a ver que não são essas células que informam o retorno do velho passado. E sim, o involuntário órgão tão turista. Na sua complacência diária, nos traz a tona o ontem. E machuca, não pela sístole, mas pela não passagem da bendita hemácia muito esperada. E sendo hoje, sofre diástole. Continuará assim, um ciclo? Amanhã não.

Um comentário:

  1. Dó! Talvez frequência cardíaca não está num ritmo só... Descompassando (?!). Quem sabe?!
    E esse neurônio deve mesmo estar guardado em algum lugar. Ah! Quem sabe - também - ele não reviva por agora?
    Há esperança, não?

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