segunda-feira, 4 de maio de 2009

porão de farsas

Ainda que se pense que não é, bem sei é escuro aqui embaixo.
Falta-me as peças consagradas impuras. Já sei o que não deveria saber. Ao menos falta entender se os "ás" ainda sobraram debaixo da mesa, depois daquele poker mal jogado. Falcatruas, restaram pois alguém no porão, cheio de resquícios mal acabados, iluminados pelas fretas de luz. A única que sobra soterra-se na poeira. Encabulada, procura a saida.
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(um pensamento desonante)
O maior problema é o custo de oportunidade.
Sei que a vida é feitas de escolhas, basta saber qual escolher. Mas não sei qual.
Tanto faz, pensa Tico, todas me levam a uma renúncia. Aceito os fatos.
Tão idiota pensa Teco, vai ficar ai sem fazer nada?
Discutem ambos e não há consentimento.
É o sistema o causador do problema, sim o sistema nervoso.
Divergem-se as probabilidades, calam-se meus amigos.
Um instante mudo, e volto, talvez seria melhor continuar assim, deixar-me levar, deixar o tempo percorrer.
Imbecil!
Cala-te, não sabes que é melhor assim. De alguma forma já esta escrito no destino.
Não sabes de nada Tico. Posso usar de mim, e mudar o que quero. Basta dizer não a algumas coisas, erguer-me e seguir o lado oposto do trilho bem perto da encruzilhada, afinal não passa disso. Uma encruzilha, basta atravessa-la e continuo.
É, vai segue pelo outro lado e depara-te com o trem.
Talvez assim, eu consiga evitar o final tão trágico.
ACALMEM-se. Já sei o que me falta. Um pouco mais de experiência, e sim verei ao qual lado edificarei minha carta final. O qual não conseguir ficar sem, ficarei
...sem talvez. ou do outro sem ti por inteira. Interferia Tico.
É, não há tanta solução, quem sabe os dois lados?
...no final vai ficar tudo bem.
Irrita-se Teco, mas prefere calar.
Calam-se.
...
Passam-se os minutos e não lhe resta nada além de poeira...escuridão.

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